" Olha onde a gente estava e olha onde a gente está!" Acho que essa é uma das frases que mais repetimos durante todo esse tempo. Se pararmos pra pensar, nem demorou tanto tempo assim pra acontecer, né? Foi tudo como no vídeo que mandei pro teu telefone mais cedo. Eu tava lá em #Pelotas... Continue Reading →
Irmãs Gêmeas
A Morte é assustadora, mas não deveria ser pois ela é irmã gêmea da Vida. Nascem juntas, andam pela mesma rua em calçadas diferentes, separam-se por um período indeterminado para depois juntarem-se novamente. A Vida, às vezes, também é assustadora. A diferença é que a Vida, nós conhecemos, ou pelo menos achamos que conhecemos. E... Continue Reading →
Minha Carla
Quando minha memória alcança meus onze anos, ela sempre está lá me olhando, com aqueles olhos claros enormes e lindos, escondidos atrás de uma franja rebelde que quase sempre encobria seus pensamentos. A lembrança mais distante que tenho é dela sentada à mesa da cozinha, dividindo seu tempo entre os deveres de casa e os... Continue Reading →
Mosaico
Eu quebrei. Quebrei muitas vezes, quebrei ao meio e depois em mais de mil pedaços. Cacos que de tão pequenos, eram quase impossíveis de juntar. Trabalho árduo e meticuloso: procurar um por um, espalhados pela sala da casa, pela cozinha, pelos quartos e pelo banheiro. Debaixo do chuveiro, onde muitas lágrimas escorreram pelo ralo da... Continue Reading →
Identidade
Na ponta dos meus dedos, tua identidade secreta é revelada. Nos teus beijos, no calor que teu corpo emana quando estremece junto ao meu. Mãos que enlaçam e entrelaçam amor transbordante. Olhos que consomem. Lábios que tocam a alma completando minhas formas incompletas. Teu espírito preenche todo o meu ser. E o coração em peito... Continue Reading →
Datilografia
Sou do tempo em que se fazia curso de datilografia. Era bom para o currículo e se tivesse o curso de máquina elétrica, então, melhor ainda. Tenho os dois. O Pai foi para fila do SENAC quase de madrugada para conseguir vaga para mim e para o meu irmão. Eu devia ter uns 16 anos,... Continue Reading →
Tu/Você
A palavra "você" não faz parte do cotidiano no RS. Ela não se encaixa na nossa escrita nem na nossa fala, é quase como se não existisse. Aqui, nos tratamos por "tu" e se for necessário maior respeito ou formalidade, falamos senhor ou senhora. Usar "você" na fala causa um estranhamento imediato, um tipo de... Continue Reading →
Siblings
Esta sou eu menina, tinha 7 anos incompletos. Fui uma criança muito feliz! Brinquei na rua com os pés descalços, tomei banho de chuva, andei muito de patins e bicicleta, colecionei papéis de carta e bolinhas de gude, completei o álbum de figurinhas do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Conheci uma liberdade que meus filhos não... Continue Reading →
Felicidade
Esta foto é, literalmente, o retrato da minha felicidade. Eu, meu irmão do meio, meu primo mais velho, a nossa avó e a casa. Ah... A casa! A minha casa! É assim que a sinto apesar dela ser muito mais antiga do que eu e nem pertencer mais à nossa família. Eu amava esse macacão,... Continue Reading →
Theatro Sete de Abril
Sair com a minha avó era sempre garantia de uma programação, no mínimo, inusitada. Ela estava sempre inquieta, buscado algo para fazer. E lá ia eu, fiel escudeira, acompanhar a minha heroína! Visitando Pelotas, minha terra Natal, nos deparamos com a porta do Theatro Sete de Abril aberta, um passaporte ao seu passado. Adentramos ao... Continue Reading →